Na metade do século
XVI, uma legião de franceses ocupa por 20 anos a Baía de Guanabara, que
ocuparam sem utilizar a bandeira da França, sendo, um tempo depois, derrotados
pelos portugueses.
Embora derrotados, os
franceses, continuaram a visitar a área de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios,
quando negociaram com os índios Tupinambás levando o pau-brasil para a Europa.
Por volta de 1618, os
franceses foram novamente derrotados pelos portugueses com a ajuda dos índios
Goitacazes e definitivamente expulsos da área. Como resultado desta guerra, os
Tupinambás que eram aliados dos franceses ou morreram ou fugiram da área. A vila de Búzios com o passar do tempo vai crescendo.
Entre 1629 e 1630,
alguns pescadores se retiram de Búzios devido à falta de investimento da coroa
portuguesa.
Em 1645, a coroa
portuguesa manda pessoas do Rio de Janeiro para a pequena cidade, a fim de
povoá-la, mas a tentativa falha e eles fogem para a tribo dos Goitacazes.
Entre 1650 e 1660, a
região desenvolve uma nova fonte econômica, as salinas, (além da pesca que já
existia) com o objetivo de abastecer Portugal, e mais tarde o Rio de Janeiro.
Também 1660 o interesse
começa a ser fixado em Cabo Frio, que começa o seu desenvolvimento urbano.
No século XVIII a
população de cabo frio já chega 1500 pessoas, e cerca de 10 mil estavam se
instalando aos redores, sendo metade destes escravos trazidos a fim de aumentar
o abastecimento de produtos no Rio de Janeiro.
No século XIX, foi
criado na ilha de Cabo Frio um farol para evitar naufrágios, como resultado do
apoio da câmara à Independência do Brasil. Foi feito também os pegões da futura
ponte sobre o canal de Itajurú, a desobstrução da barra nova e fechamento da
velha juntamente com a preservação do antigo porto da barra e a instalação de
um telégrafo. Foi erguido ainda, o prédio da Charitas que abrigava e educava
recém-nascidos de mães solteiras e pobres.
Em
1847, D. Pedro II doou uma quantia para a construção da cobertura da fonte do
Itajurú. Ajudou também na manutenção de Charitas e instalação de uma enfermaria
que foi de grande importância nas devastadoras epidemias que assolaram no
século. O imperador visitou ainda às Salinas Perynas, estabelecimento-modelo,
que deu início, futuramente, ao parque salineiro de Arauama por colocar em
prática novos métodos para produtos minerais.
No
século XIX, tiveram também problemas relacionados ao comércio de escravos
africanos. Crescimento das fugas, rebeliões, formação de quilombos e proibição
do tráfico transatlântico de escravos são exemplos desses ditos problemas.
Repressão ao tráfico, apreensão de navios negreiros e desembarque de fuzileiros
em Cabo Frio e Búzios foram algumas das consequências.
Ao
final do séc. XIX, os portos tiveram novos melhoramentos e pode-se ampliar a
carga e navegação mais eficiente dos vapores e veleiros que transportavam sal
para os armazéns da cidade.
A
economia foi-se desenvolvendo também com a captura e salga do pescado e
camarão, manufatura de telhas, tijolos e taboados e o surgimento da construção
naval e indústria de cal. E, só vieram acontecer mudanças bruscas após à
abolição da escravatura e, subsequente, proclamação da república. A agricultura
do café foi substituída pela pecuária em pequena escala, os ex-escravos começam
a trabalhar na pesca e horticultura e em Cabo Frio houve o fornecimento do
carvão vegetal.
Antes
do fechamento do séc. XIX, Cabo Frio ganhou a ponte de ferro que cruzava o
canal do Itajurú entre os morros da Guia e do Telégrafo que mais tarde foi
substituída pela ponte Feliciano Sodré. Assim, foi rompido o isolamento dos
moradores da restinga. E, em razão do adensamento urbano e das epidemias, foi
canalizada a água potável da Fonte do Itajurú para cinco bicas distribuídas
entre o Largo da Matriz e a Passagem.
Até meados do século XX
a salinas eram o destaque da economia da região, no entanto pesca traz grandes
investimentos, após a introdução das traineiras na captura de pescado em
alto-mar.
A crescente produção
tanto na extração do sal, quanto na pesca e na agricultura, acelerou o processo
de industrialização da região.
A crescente
industrialização atraiu um grande número de trabalhadores de todo o Brasil. No
início da década de 40 as atividades econômicas já estavam bem consolidadas,
porém uma nova atividade econômica nascia na região. Um clima extraordinário,
uma natureza extremamente atrativa e diversas transformações sociais e
culturais, tornam o lugar uma grande atração, que estimula o lazer, e assim
nasce o turismo nas “praias de banho”.
O turismo a princípio
atrai apenas cariocas pobres e aventureiros. Com o passar do tempo a beleza do
local passa atrair, também, paulistas e mineiros, provocando a abertura de
hotéis e restaurantes promovendo ainda mais o crescimento da região.
E em 1973, com a
construção da ponte Rio-Niterói, deu se início ao turismo de massa que
conhecemos hoje.
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